16 de dezembro de 2015




Passeando por um artigo extraído da internet, uma pergunta chama atenção: que dor você quer suportar? No texto, a autora comenta que todo mundo quer se sentir bem, todos buscam uma vida despreocupada, feliz e suave. Mas, ao mesmo tempo, as pessoas querem as coisas sem o risco, sem o sacrifício, sem o adiamento da gratificação. Recompensa sem esforço, resultado. Não o processo.

Mas, se queremos os benefícios de algo na vida, temos que querer também o custo. Se quisermos um corpo atlético, temos que querer o suor, a dificuldade, o acordar bem cedo e as dores de fome. E nós, como temos nos comportado diante dessa escolha? Prazer é uma questão fácil. Mas nessa jornada, assim como em todas as outras da vida, não são só rosas sem espinhos.

Promover mudanças internas dói, requer esforço, empenho, constante avaliação de sentimentos, pensamentos e ações. Exige o abandono de velhas posturas, preconceitos e criação espaços para receber o novo. Demanda disposição para superar dificuldades pessoais, para aprender a ajudar o próximo. Requer disponibilidade interior e tempo para acolher, ouvir e compreender as pessoas e, também, para enfrentar as dificuldades assumindo tarefas para a manutenção e o crescimento dos seus projetos; manter-se de maneira disciplinada e séria dentro dos seus princípios, diante de muitos obstáculos que se apresentarão nessa caminhada.

Tornar-se hábil em lidar com experiências difíceis, desconfortáveis e dolorosas significa tornar-se hábil em lidar com a vida. Os valores pelos quais desejamos nos esforçar definem quem seremos. A fantasia, a idealização, a imagem e a falsa premissa nos afastam do ideal pleno e realizador. Albert Einstein estava certo quando disse que “nada acontece até que algo se mova”, sobre a Teoria da Relatividade, e não existe frase tão certa como esta.

Teresinha
CVV Matão-SP