Atribui-se a Meher Baba, pensador indiano, uma historieta na qual ele revela que um mestre oriental concluiu que as pessoas gritam entre si, quando estão aborrecidas, porque seus corações se afastam muito um do outro. Para cobrir essa distância precisam gritar a fim de poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais zangadas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvirem o que dizem através da grande distância.
Por outro lado, quando duas pessoas estão enamoradas, elas não gritam. Falam suavemente porque seus corações estão muito próximos. A distância entre elas é mínima. Às vezes estão tão unidos os seus corações que nem falam, somente sussurram e tudo entendem.
E nós? Temos observado como anda a nossa voz? Sabe-se que ela está carregada pelo magnetismo dos nossos próprios pensamentos e sentimentos. É importante que falemos em tonalidade não tão alta que assuste, nem tão baixa que crie dificuldades para quem nos ouve.
É importante a vigilância não só para o que dizemos, mas para a forma como falamos. É o timbre de nossa voz que poderá criar o clima adequado para acalmar o ansioso, inspirar confiança ao inseguro, transmitir paz ao desesperado, fazer repensar o impulsivo, devolver o equilíbrio ao agressivo, dar as informações solicitadas.... O som que emitimos é o porta-voz das nossas emoções!
Bartyra
CVV Recife (PE)
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