9 de fevereiro de 2016

Imagem ilustrativa da expressão inglesa "put yourself in my shoes", que sugere que alguém se coloque no nosso lugar, tendo em mente as nossas pegadas, nossos caminhos.


O termo empatia foi utilizado pela primeira vez pelo psicólogo Edward Titchener e se origina da palavra grega empátheia, que significa “entrar no sentimento”. Para alcançarmos esse estágio, é necessário deixar de lado nossos próprios pontos de vista e valores e entrar no mundo do outro sem julgamentos.

A empatia é um fenômeno humano de consideração por outro ser humano, quando se busca compreender a partir do ponto de vista do outro, aceitando seus comportamentos sem críticas e juízos de valor, buscando vivenciar e compreender seus sentimentos e emoções como se fosse ele.

Caminhamos pela vida consumidos por um verdadeiro afã classificatório: julgamos, definimos e então descartamos as pessoas. Exercitamos o abdômen e exercitamos a memória. Por que não exercitar a empatia? Empatia é sintonia fina, e, como uma dança, ou aprendemos a dançar no mesmo ritmo ou pisamos no pé um do outro.

Não é verdade que devemos tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratadas.Porque a outra pessoa é uma outra pessoa. Porque ela teve outra vida, outras experiências. Porque ela tem outros traumas, outras necessidades. Basicamente, porque ela não sou eu. Porque eu não sou, nem nunca vou ser, nem devo ser, a medida das coisas.
Utilizar a mim mesmo, minhas vontades e necessidades, o jeito que quero ser tratado, como se eu fosse o parâmetro para todas as outras pessoas, é a essência do narcisismo e do egocentrismo. É o exato oposto de empatia. A outra pessoa deve ser tratada não como eu gostaria de ser tratado, mas como ela merece e precisa ser tratada.

E como vamos saber como a outra pessoa merece e precisa ser tratada? O primeiro passo é sair de mim mesmo e deixar de me usar como parâmetro normativo do comportamento humano. Depois, preciso abrir os olhos e os ouvidos e o corpo inteiro, e reconhecer que existem outras pessoas no mundo, e que elas são todas bem diferentes de mim.

Nos exercícios de empatia, vamos tentar perceber, ver, ouvir, e sentir as pessoas à nossa volta, não para melhor entendê-las, mas para melhor aceitá-las, de forma mais aberta, mais empática, mais generosa.
Ao praticar a empatia, estamos nos abrindo a ouvir e a conhecer de verdade as pessoas ao nosso redor. Assim, temos a oportunidade de descobrir que, mesmo que tenham comportamentos e pensamentos muito diferentes dos nossos, é possível encontrar uma harmonia na interação. Desenvolver nossas habilidades perceptivas sobre o outro faz com que sejam criadas relações muito mais sinceras, prósperas e de confiança.


Terezinha
CVV Matão - SP