17 de junho de 2016




O sentimento de impotência frente a um suicídio é comum. Quando os sinais chegam via redes sociais as pessoas costumam se questionar sobre como proceder. A amizade muitas vezes meramente virtual tem dessas coisas. Uma parceria entre o CVV e o Facebook, no entanto, promete ajudar na prevenção não só de casos de suicídio, mas também de automutilação, cada vez mais comuns. O mecanismo vai permitir que os usuários indiquem, de forma anônima, algum perfil com essa característica, a exemplo do que é já feito hoje nos Estados Unidos e na Austrália.

O procedimento é relativamente simples, apesar de incluir uma série de janelas. Ao ver alguma publicação com esse teor, a pessoa deve clicar naquela setinha voltada para baixo que fica do lado direito superior da postagem. Lá, basta optar por “denunciar a publicação”. A escolha, que segue sob sigilo, vai garantir a você seguir para a próxima página, na qual deve marcar “Acredito que não deveria estar no Facebook”. Ao ser questionado porquê pensa assim, deve-se optar pela terceira opção: “é violento, ameaçador ou suicida”.

No passo seguinte, a rede social pede que você ajude a entender o que está acontecendo. Automutilação ou suicídio é a segunda das cinco opções oferecidas. A partir daí, a rede social aponta algumas alternativas, tais como oferecer diretamente ajuda ou apoio, contatar um amigo em comum ou ler material sobre como abordar o assunto. Uma quarta opção é pedir que o próprio Facebook verifique a publicação e, neste caso, mais tarde você será informado sobre a avaliação feita.

Caso o conteúdo seja, de fato, considerado procedente, uma notificação será enviada ao perfil “denunciado”. A pessoa com quem você está preocupado vai receber uma notificação na qual ela pode escolher pedir ajuda, enviar mensagem a um amigo, receber dicas para lidar com a situação, desconsiderar a notificação ou entrar em contato com uma linha de ajuda. É nesta última opção que está a parceria com o CVV, com atendimento pelo 141, chat, e-mail, Skype ou pessoalmente. “Eles podem ouvir você e ajudar a enfrentar a situação”, informa o texto.

A rede social ainda se comprometeu a contribuir com a entidade oferecendo publicidade gratuita para o recrutamento de novos voluntários, o que promete dar mais visibilidade sobretudo entre os mais jovens. Hoje, oito a cada dez usuários de internet no Brasil estão no Facebook, o que totaliza cerca de cem milhões de pessoas.





Leila

Brasília (DF)