2 de junho de 2017



A tolerância é uma necessidade urgente nos dias atuais. Temos vivenciado muitas vezes uma simples discussão sobre os mais diversos assuntos onde pessoas tem opiniões ou visões diferente provocar inimizades, rachas e expressões de intolerância. A intolerância é parente próxima do preconceito, e quando estes substantivos estão presentes podem gerar exclusão, segregar, separar e levar alguém a agredir algo ou alguém que não aceita, que não acha normal, o que incomoda sem nem haver razão consciente.
Faz parte do nosso dia a dia tolerar e aceitar as pessoas como elas são, porém, também faz parte da nossa rotina conservar-nos o direito de nos afastar cordialmente de coisas, pessoas e situações que não nos agrada. Podemos entender, se estivermos dispostos, que o outro tem a própria maneira de pensar, que sua história de vida é peculiar e suas experiências normalmente são totalmente diferentes das nossas.
Podemos compreender que as verdades e os valores alheios, por mais que nos soem ilógicos e absurdos, são do outro tão somente, e não necessariamente nossas. Assim como nós, os outros formam suas opiniões pela experiência de vida que tiveram. Todos temos motivos e motivações para pensar e sentir algo da maneira que sentimos.
Discordar de algo e de alguém, deveria nos estimular ao exercício da compreensão e do saber discordar sem ofender, sem tentar impor o que pensamos como verdade absoluta. Todos necessitamos nos comunicar, ouvir, falar, dialogar. Ser ouvido e deixar-se ouvir é um exercício de fraternidade, de amor ao próximo e a si mesmo.
Ouvir o que o outro tem a dizer, mesmo que o que disserem seja exatamente o contrário de tudo o que temos como certo, pode nos trazer aprendizado, uma visão diferente de um assunto, por exemplo, uma forma de encarar a vida diferente, que podemos concordar ou não, mas deveríamos respeitar.
Por necessidade, muitas vezes em nosso trabalho, lazer ou na família, poderemos estar sujeitos a conviver ao lado de pessoas com quem não simpatizamos ou cujas ideias não se afinem minimamente com as nossas. Nem sempre é fácil esta convivência, mas ela pode ser uma oportunidade de reflexão sobre o que me incomoda nesta convivência ou situação.
Mas como seres humanos dotados de sentimentos e capacidade de raciocínio, sempre poderemos escolher quem ficará ao nosso lado nos momentos mais preciosos de nossa jornada, com quem queremos dividir situações importantes enquanto construímos nossa história de vida, de luta e de amor, temos esta possibilidade de escolher.
Da mesma forma, conseguiremos nos desviar de quem nos desagrada, afastando-nos das pessoas que em principio nada nos acrescentam, por não termos afinidade sem precisar criticá-las ou brigar com elas.  Aceitar as pessoas como elas são, é um exercício, e é preciso que tenhamos disposição para praticá-lo, para enxergar o mundo da forma delas, para sermos empáticos, e para compreende-las, assim como gostaríamos de ser compreendidos.

Adriana
CVV Araraquara (SP)
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