A tolerância é uma necessidade urgente nos dias atuais. Temos vivenciado muitas vezes uma simples discussão sobre os mais diversos assuntos onde pessoas tem opiniões ou visões diferente provocar inimizades, rachas e expressões de intolerância. A intolerância é parente próxima do preconceito, e quando estes substantivos estão presentes podem gerar exclusão, segregar, separar e levar alguém a agredir algo ou alguém que não aceita, que não acha normal, o que incomoda sem nem haver razão consciente.
Faz parte do nosso dia a dia tolerar
e aceitar as pessoas como elas são, porém, também faz parte da nossa rotina conservar-nos
o direito de nos afastar cordialmente de coisas, pessoas e situações que não
nos agrada. Podemos entender, se estivermos
dispostos, que o outro tem a própria maneira de pensar, que sua história de
vida é peculiar e suas experiências normalmente são totalmente diferentes das
nossas.
Podemos compreender que as verdades e
os valores alheios, por mais que nos soem ilógicos e absurdos, são do outro tão
somente, e não necessariamente nossas. Assim como nós, os outros formam suas
opiniões pela experiência de vida que tiveram. Todos temos motivos e motivações
para pensar e sentir algo da maneira que sentimos.
Discordar de algo e de alguém, deveria
nos estimular ao exercício da compreensão e do saber discordar sem ofender, sem
tentar impor o que pensamos como verdade absoluta. Todos necessitamos nos comunicar,
ouvir, falar, dialogar. Ser ouvido e deixar-se ouvir é um exercício de
fraternidade, de amor ao próximo e a si mesmo.
Ouvir o que o outro tem a dizer, mesmo
que o que disserem seja exatamente o contrário de tudo o que temos como certo,
pode nos trazer aprendizado, uma visão diferente de um assunto, por exemplo,
uma forma de encarar a vida diferente, que podemos concordar ou não, mas deveríamos
respeitar.
Por necessidade, muitas vezes em
nosso trabalho, lazer ou na família, poderemos estar sujeitos a conviver ao
lado de pessoas com quem não simpatizamos ou cujas ideias não se afinem
minimamente com as nossas. Nem sempre é fácil esta convivência, mas ela pode
ser uma oportunidade de reflexão sobre o que me incomoda nesta convivência ou
situação.
Mas como seres humanos dotados de
sentimentos e capacidade de raciocínio, sempre poderemos escolher quem ficará
ao nosso lado nos momentos mais preciosos de nossa jornada, com quem queremos
dividir situações importantes enquanto construímos nossa história de vida, de
luta e de amor, temos esta possibilidade de escolher.
Da mesma forma, conseguiremos nos
desviar de quem nos desagrada, afastando-nos das pessoas que em principio nada
nos acrescentam, por não termos afinidade sem precisar criticá-las ou brigar
com elas. Aceitar as pessoas como elas são, é
um exercício, e é preciso que tenhamos disposição para praticá-lo, para enxergar
o mundo da forma delas, para sermos empáticos, e para compreende-las, assim
como gostaríamos de ser compreendidos.
Adriana
CVV Araraquara (SP)
CVV Araraquara (SP)
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