O brasileiro está mais triste. Pelo menos no ranking produzido pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável, agência vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU). No Relatório Mundial da Felicidade, o país caiu cinco posições em relação ao ano passado, ficando em 22º lugar entre 155 nações pesquisadas. No topo da lista estão Noruega, Dinamarca, Islândia, Suíça e Finlândia.
Para chegar a esse número, os pesquisadores perguntaram algo como: numa escada com dez degraus, onde o topo seria a melhor vida possível e a base a pior, como você se sente atualmente? Questões como expectativa de vida saudável, apoio social que as pessoas têm do governo, confiança nas instituições públicas, percepção de liberdade e generosidade foram levadas em consideração. A ideia é chamar atenção dos governos para políticas públicas que privilegiem o bem-estar e, ainda, mostrar que o PIB, a soma das riquezas produzidas pelo país, por si só não pode ser usado como indicador de qualidade de vida.
Essa sensação de bem-estar, de contentamento, de sentir-se com êxito, sucesso, sorte ou seja lá como se preferir denominar é absolutamente variável de pessoa para pessoa e acompanha a humanidade há séculos. Em reportagem na Revista Galileu, Todd B. Kashdan e Robert Biswas-Diene destacaram que a busca da felicidade é uma epidemia mundial. Eles citam um estudo com mais de 10 mil participantes de 48 países no qual os psicólogos americanos Ed Diener e Shigehiro Oishi descobriram que pessoas de todos os cantos do mundo consideram a felicidade mais importante do que outras realizações pessoais altamente desejáveis, tais como ter um objetivo na vida, ser rico ou ir para o céu.
A ideia é que a felicidade verdadeira dura mais do que uma dose de dopamina. “Por isso é muito importante pensar nela como algo que vai além da emoção. A sensação de felicidade de cada um também inclui reflexões cognitivas, tais como quando você ri — ou não! — da piada do seu melhor amigo, ou quando analisa o formato do seu nariz ou a qualidade do seu casamento”, apontam eles. Ainda conforme o jornalista, somente parte desta sensação tem a ver com o que você sente; o resto é produto de um cálculo mental, em que você computa suas expectativas, seus ideais, a aceitação daquilo que não pode mudar e inúmeros outros fatores. Assim, a felicidade é um estado mental e, como tal, pode ser intencional e estratégico.
E você, como tem se sentido?
Leila
CVV Brasília (DF)
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